1. |
TELE I
08:18
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Qual a distância?
De mim pro sem teto
Do sem teto pra mina que é tratada como objeto
Dessa mina pro moleque que acha tudo uma droga
Das drogas que usam as pessoas e depois jogam fora
Da massagem nas costas ao peso da cruz
Das moscas que circulam a bosta pra mariposa em volta da luz
Da agulha pro homem, do branco pro preto
Dos calos das mãos, ao estalar de dedos
Do bus lotado ao ar condicionado do carro
Do frio dos bacanas às crianças que aparecem no farol fechado
Das pessoas que se matam pelo mínimo pra quem não sabe o que é fazer o máximo
Não tem ideia do quanto essa vida é difícil
Dos presos no tráfego aos presos por tráfico
Se a vida fosse fácil
Ninguém ia por caminhos que te levam a finais trágicos
Do frio no estômago, da fome no âmago
Rimo com a revolta de Joao Cândido
O ar traz poluição, os jornais trazem a ânsia
Uns rimam por fama, eu para diminuir a distância.
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2. |
TELE II
07:03
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3. |
LADRO
08:08
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4. |
ARBUS
07:38
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Field pobre cobre
Fio de cobre corte
Feel de nada falha
Fi de malha pobre
Fiz de nada sobra
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5. |
SANTOSPIN
09:15
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Obrigado por aparecer
Obrigado por desaparecer
Obrigado a parecer
Obrigado a desaparecer
Obrigado a perecer
Obrigado a desaparecer
Obrigado a não esquecer
Obrigado por desaparecer
Eu embaralhei
E não vou ordenar
As caixas negras
Meu último sol sai amanhã
Não mais
Jamais
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6. |
CADAFALSO
06:26
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